Antes que me entendam mal, a palavra
ordinário não é usada aqui na sua acepção ruim. Nos dicionários, em geral, a primeira definição de ordinário é “o que está na ordem das coisas habituais; comum, habitual, useiro, vulgar”. Por sua vez, antropocentrismo, é considerar o homem como fato central ou mais significativo do universo, julgando tudo com referenciais humanos.
O vídeo é legal e interessante. Demonstra a afeição extrema de um leão adulto por uma mulher. Recebi por e-mail o link do YouTub e junto veio a seguinte mensagem:
- "Uma senhora encontrou um leão ainda bebê,na Colômbia. Ela encontrou o felino mal alimentado, doente e quase morto. Levou para sua casa, Cuidou dele......... Depois foi obrigada a entregar o felino para um zoológico. Agora vejam a reação do leão quando a vê...... Não me cansei de ver! Precisamos aprender com os animais...... "
Tanto a mensagem como o comportamento do leão são ordinários, isto é, comuns. A primeira tenta dar uma conotação de gratidão, como os humanos a entendem, aos atos do felino. Por isto é antropocentrismo ordinário. Em segundo, é inegável a visível manifestação de agrado e carinho do animal para com sua salvadora. Acontece que isto também é comum. Animais gregários (aqueles que vivem em grupo) são muito leais e demonstram afeição, carinho e cuidados especiais para com os membros de seu grupo. Em primatas esses comportamentos são freqüentemente observados, mas ocorrem em muitas outras espécies de mamíferos e, se não me engano, também em aves.
A verdade A mulher se chama Ana Julia Torres e o leão foi batizado de Júpiter. Ela é a proprietária do Villa Lorena, um abrigo que resgata animais maltratados ou doentes, em Cali, na Colômbia. Há seis anos, Ana resgatou o “bichano” das mãos de um circo. Na ocasião ele havia sofrido maus-tratos, estava doente e subnutrido. Foi ela realmente quem cuidou de Júpiter e hoje colhe os frutos, tanto no carinho que recebe como na fama que conseguiu.